sábado, 11 de abril de 2009

"Bem-aventurado aquele que vive, bem-aventurado aquele que morre em Tebas"


Desta forma uma unicidade transcendente uniu as duas Tebas numa harmonia complementar.

Alguns Templos funerários foram erguidos na própria Margem Ocidental como o demonstram as colossais ruínas do Ramesseum e as de Hatshepsut. Também ali estão os enigmáticos Colossos de Memnon, dedicados ao Sol do Amanhecer. O nascimento, esplendor e declínio do Sol recebiam os nomes de Memnon, Amon e Maamon e a morte é nascimento e amanhecer na outra margem da Vida.

Segundo os actuais arqueólogos, estas figuras de gigantes sentados nos seus tronos rituais precediam o Templo funerário de Amenofis III, do qual eram o único testemunho. A Tradição Esotérica pretende que sejam muito mais antigos que qualquer edificação dedicada a um Faraó “histórico” e que estiveram oferendados ao Sol Nascente, tal como a nem sempre torpe ingenuidade popular os continua a chamar.

A sua actual altura é de uns dezoito metros mas é provável que com as suas coroas e adornos tenham atingido mais alguns metros. Foram restaurados e regravados infinitas vezes. Muito famosos na antiguidade clássica, houve músicos da Grécia que peregrinavam até aqui para conseguir captar os sete sons primordiais que, ao amanhecer, um deles emitia claramente. Na época romana falava-se de uma nota em concreto correspondente ao da nossa escala de . Os restauros do Imperador Septimio Severo, no ano 199, emudeceram para sempre o Colosso que emitia esse som, situado ao Norte. Um dos inumeráveis exploradores do século XIX assegurou numa tertúlia em Londres que tinha de novo ouvido essa nota musical, mas não há provas disso, nem tão pouco o provaram as exaustivas experiências feitas no século XX sem nenhum resultado positivo. A ciência oficial explica o fenómeno (já sabemos que a alienação actual consiste em explicar tudo, saiba-se ou não a verdade) atribuindo-o à expansão de alguma rocha ao aquecer-se ante o primeiro raio de Sol depois dos frios da noite no deserto. Não podemos asseverar isto pois a imponente massa do Colosso em questão faz com que o Sol não possa, nem sequer sobre uma pedra superficial, produzir uma mudança de temperatura apreciável nas frescas alvoradas. Pensamos que o enigma continua de pé, como os dois colossais monumentos, ainda que, como eles, pervertido pela violenta ignorância e a vaidade dos homens.



Excertos do Livro "Tebas", de Jorge Angel Livraga

Egipto, Pátria de Mistérios

O Egipto sempre foi para todos os seres humanos, como uma civilização ideal, onde passados milhares de anos, continua a ter algo que nos fascina e ao mesmo tempo não compreendemos. Tanto mistério, tantas coisas que a razão não pode alcançar, mas ao mesmo tempo, percebemos que é verdade. Sentimos verdadeiramente que esta terra teve algo de especial e onde os ideais foram concretizados, onde o ser humano, pode realizar-se plenamente. Tentaremos através de reflexões, trazer um pouco desse perfume eterno e que ele nos inspire a sermos melhores cada dia e assim nos possamos integrar plenamente na Natureza e no universo.